[viviparos _portugal] Molly negra ( espécies )

paulo jose da fonte alves pjdfalves Ta9QAGwI15w-z928im0wqzUqUnhVfnU6pFfl11vVAx3a42uUY4-6CUOEwq4PmPGZim9sBp1-7mzPQPxZTLU.yahoo.invalid
Sexta-Feira, 25 de Janeiro de 2008 - 11:42:34 WET


Miguel

Pela tua resposta chega-se à conclusão que afinal concordas comigo pois que em
 nada me contradizes.
A p. shenops de cariz Pacifico!? Em nnhum lado vi tal assuupção. O Michi
tobler apanhou-a no yucatão, portanto de bacia Atlãntica.

Abraços
Paulo José






> Olá de novo,
>
> Eu não partilho totalmente da opinião do Paulo, ainda que no global ela se
> possa enquadrar naquilo que tenho lido.
> A única subespécie que conheço é Poecilia  ( Mollinesia ) sphenops cuneata
> Poeser, 1992.
> Deves porém ter em consideração que, tal com escrevi no meu sítio, com base
> em questões morfológicas e apoiados nas técnicas genéticas mais avançadas, a
> ciência tem vido a reformular a classificação desta espécie, inicialmente
> classificada como poli mórfica, mas mais recentemente apresentada como um
> complexo de espécies aparentadas.
> Actualmente distinguem-se de facto várias espécies independentes dentro do
> complexo Poecilia sphenops com base numa perspectiva mais profunda que
> inclui elaborados modelos genéticos que nos permitem mesmo compreender a
> evolução e o parentesco destas espécies.
> Um dos resultados mais interessantes foi mesmo a diferenciação de algumas
> populações localizadas de sphenops. Neste caso em particular encontra-se a
> população do rio Balsas, no México, referida por vários autores como uma das
> mais divergentes.
> A composição deste complexo de espécies pode variar ligeiramente mas
> vulgarmente são consideradas as seguintes espécies :
>
> Poecilia butleri
> Poecilia chica
> Poecilia gracilis
> Poecilia gilli
> Poecilia mexicana
> Poecilia orri
> Poecilia sphenops
> Poecilia vandepolii
>
> No caso da espécie Poecilia mexicana existem inúmeras fontes mais recentes
> que a classificam por sua vez como um complexo independente.
>
> Dessa forma podemos ainda reconstituir a listagem relativa ao complexo
> Poecilia sphenops anterior da seguinte forma com os seus dois “ ramais “ :
>
>
> Costa do Pacífico ( complexo Poecilia sphenops )
> Poecilia butleri
> Poecilia chica
> Poecilia mayalandi
> Poecilia sphenops
>
> Consta do Atlântico ( complexo Poecilia mexicana )
> Poecilia catemaconis
> Poecilia formosa
> Poecilia gilli
> Poecilia latipuncatata
> Poecilia mexicana limantouri
> Poecilia orri
> Poecilia suphuraria
> Poecilia teresae
>
> Independentemente da maior ou menor actualidade deste ou daquele modelo, o
> que interessa compreender é a complexidade das relações evolutivas e o
> parentesco destas espécies.
> Ainda dentro da mesma espécie, ao visionarmos algumas imagens de espécimes
> selvagens da Molinésia Mexicana, rapidamente chegamos à conclusão que de
> facto há uma considerável variação de caracteres entre algumas populações.
> Em seguida responderei á outra parte da mensagem.
>
> Um abraço
>
> Miguel
>
>
> ________________________________
>
> De: viviparos_portugal  yahoogroups.com
> [mailto:viviparos_portugal  yahoogroups.com] Em nome de Miguel Figueiredo
> Enviada: quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008 11:03
> Para: viviparos_portugal  yahoogroups.com
> Assunto: Re: [viviparos_portugal] Molly negra
>
>
> Ora bolas, então a shenops não corresponde a nada.
>
> Cada vez mais me convenço que, para mantermos estirpes em condições, temos
> mesmo que conhecer o historial dos peixes, desde o local de colecta.
>
> O espaço é limitado, o tempo disponivel também.. compensa, portanto,
> escolhermos muito bem os hóspedes.
>
> Eu, por mim, nas estirpes em que apostar, faço questão de as manter a longo
> prazo (mais de 10 anos).
>
> Para mim, uma estirpe é tão mais importante quanto o tempo em que a
> mantenho. Acho que se torna da familia.
>
> Daí que, com os viviparos, o que estou a fazer é dar-lhes dois anos, este
> periodo é geralmente suficiente para obter novas gerações e assegurar a
> continuidade da espécie. Se for uma uma estirpe realmente interessante, com
> uma boa vitalidade, robusta e sem aspectos que indiciem problemas genéticos
> (como nascerem peixes deformados) então aí sim, os peixes tornam-se "da
> familia" e parto para uma manutenção a longo prazo. Senão desfaço-me da
> espécie e passo à próxima.
>
> A única espécie de viviparos que mantenho e que já é "da familia" são os
> Phallocerus. Mantenho-os à cerca de quatro anos. É uma estirpe de uma
> extraordinária vitalidade, nunca me nasceu um único peixe deformado e, no
> verão, têm conseguido o incrivel feito de se reproduzirem no lago cheio de
> Paratilapias, embora em pequenos numeros. Dos seis ou sete peixes que lá
> coloco na primavera, retiro depois uns 12, quase todos fêmeas, aparentemente
> os machos são comidos mais facilmente.
>
> Entretanto, estou a gostar bastante dos espadas que tenho, como o mayae, o
> alvaresi ou mesmo o birchamnni mas ainda é muito cedo para descobrir se
> estas estirpes têm boa vitalidade. Provavelmente só este verão os vou
> começar a reproduzir bem, em recipentes no quintal.
>
>
> Miguel
>
> On 1/23/08, paulo jose da fonte alves <pjdfalves  SHZQ-qmCOeC3SpZ6QpbguCGq9rVxLrd0JfbyjOliaD7X2nSEYVhlSBrjTvOMUEYT-YStxtEVDphjV5s.yahoo.invalid > wrote:
>
> 	Olá
>
> 	Alem de serem hibridos a chamada P. shenops não corresponde
> exactamente nos
> 	nossos dias de hoje a nada. Desde os anos 70 que esta "especie" tem
> sido
> 	subdividida em varias outras e suspeito que as restantes formas
> ainda sob o
> 	cobertor da designação "shenops" terão muito em breve designação
> especifica.
> 	Perguntei a um ictiologo se a P. shenops ainda é uma especie valida
> e ele
> 	disse-me que era uma boa pergunta... No campo ele tem muita
> dificuldade em
> 	determinar a pertença a esta ou a outras especies, mesmo com as
> chaves
> 	taxonomicas na mão! Isto quererá dizer que novas descrições de
> especies
> 	estarão para vir.
> 	Portanto dia 17 de Fevereiro ás 15 horas.
>
> 	Abraços
> 	Paulo José Alves
>
>
> 	> Viva,
> 	>
> 	> Uma especie que me lembro de ver com frequencia no hobby, há mais
> de
> 	> 30 anos atrás, eram as mollies negras.
> 	>
> 	> Primeiro eram simplesmente pretas, de barbatanas normais. Depois
> 	> começaram a aparecer com a cauda em lira.
> 	>
> 	> A cor negra é artificial, provavelmente selecionada a partir
> 	> exemplares muito melânicos, mas é certamente uma variedade que
> existe
> 	> há muito tempo.
> 	>
> 	> Estes peixes, principalmente os que não têm "mariquices" como
> caudas
> 	> em lira ou a barriga deformada em balão, são geralmente criados em
> 	> ambiente semi-natural e são rijos. Além disso, adaptam-se a um
> 	> conjunto de ambientes curiosos, incluindo a água salgada.
> 	>
> 	> Recentemente voltei a ver estes peixes no comercio e estive quase
> a
> 	> adquiri-los mas então fiquei com uma dúvida terrivel... lembrei-me
> de
> 	> ter lido não sei aonde que estas mollies eram hibridas. Acabei por
> não
> 	> os comprar.
> 	>
> 	> Hoje, fazendo uma pesquisa na net, aparecentemente, confirma-se:
> 	> muitas das estirpes de mollies negras são hibridos entre Poecilia
> 	> sphenops, Poecilia latipinna e por vezes até velifera! Terá sido
> 	> assim, por exemplo, que surgiram as caudas de lira.
> 	>
> 	> A minha questão é... será que a "velhinha" molly negra, de
> barbatanas
> 	> pequenas, simples e sem mariquices, é uma verdadeira Poecilia
> 	> sphenops?
> 	>
> 	>
> 	> Miguel
> 	>
>
>
>
>
>
>
>
> No virus found in this incoming message.
> Checked by AVG Free Edition.
> Version: 7.5.516 / Virus Database: 269.19.9/1237 - Release Date: 22-01-2008
> 11:04
>
>
>
> No virus found in this outgoing message.
> Checked by AVG Free Edition.
> Version: 7.5.516 / Virus Database: 269.19.10/1241 - Release Date: 24-01-2008
> 9:58
>
>
>





           



Mais informações acerca da lista Cyprinodontiformes