[Cyprinodontiformes] Associativismo... mais uma.

www.viviparos.com viviparos viviparos.com
Domingo, 14 de Fevereiro de 2010 - 17:31:45 WET


Como escrevo longos testamentos, acho que me tornei um pouco confuso.
Aquilo que chamas uma estrutura organizada já existiu para o Guppy.
Se estás a defender o modelo tradicional de associativismo na expressão "
estrutura organizada ", conta com várias barreiras a transpor.
Uma associação tem que cumprir certos requisitos legais, tanto ao nível da
sua formalização como em termos de funcionamento.
Até me convencerem do contrário, continuo a acreditar que não há
infelizmente " massa crítica " em Portugal para termos algo que ambiciono há
muitos anos... uma organização associativa dedicada aos vivíparos e
ovovivíparos ( ou até a uma espécies específica, como o Guppy para começar
).
Para além de tudo o resto, a própria dinamização dos aquariofilistas para
estas espécies carece desse incentivo.
Há óptimos exemplos neste país ao nível dos Killies, dos Ciclídeos e de
outros tipos de peixes.
Tenho notado, sobretudo, que a falta de uma tal organização se está a
reflectir na perda de qualidade dos apoios de que os novos aquariófilos
necessitam, pois o ovovíparo é renegado para os recém-chegados e desdenhado
pelos seniores ou pelos " grandes especialistas " que já ultrapassaram a
barreira do aquário comunitário de água doce.
Se por um lado manter Poecilídeos é sinónimo de principiante, novato ou
neófito... e muitas vezes é até visto como aquariofilia de segunda classe (
pois a aquariofilia a sério para « homens de barba rija » é a de água
salgada tropical ou a de outros tipos de peixes de água doce mais exigentes
na manutenção, mas sobretudo na reprodução ), por outro, a " fuga " de
grandes " peritos " para outras áreas e espécies, reflecte-se na grande
quantidade de asneiras que se lêem nas respostas dadas aos aflitos
recém-chegados, os quais abundam nas secções dedicadas aos ditos vivíparos
com as mesmas dúvidas repetidas, vezes sem conta, por não se darem ao
trabalho de fazerem uma pesquisa.
Resumindo e clarificando a minha ideia, pois já estava a divagar de novo...
o que é que pensas trazer de novo a este debate ?
Tens conhecimento do historial das várias tentativas falhadas de criação de
uma Associação de criadores a aficionados do Guppy ?
O que nos podes dizer sobre as causas dessas mais recentes ausências de
sucesso ?
O que é que se pode fazer para contrariar o que esteve ( está ) na origem da
falta de uma " estrutura organizada a nível nacional " ?
Já tens consciência do modelo a adoptar ?
Consegues reunir uma equipa de colegas empenhados nos teus ideais, mas
sobretudo com provas de trabalho dadas ? 
Da minha parte estou sempre aberto e receptivo a novas ideias e sobretudo a
colaborar numa " estrutura organizada a nível nacional ", porém tens que dar
um desconto a este meu cuidado e " rezinguice ", pois para além de uma
experiência de  mais de 12 anos em órgãos sociais ( inclusivamente em
Direcções de outras Associações ) e dado o meu conhecimento do
associativismo nacional, com as suas características muito particulares, o
que tenho presenciado nomeadamente neste fórum... é muito boa vontade mas
muita ausência de maturidade e de conhecimento de causa.
Se ninguém aqui aparece para dar um valente abanão com uma coesa equipa de
gente decidida por trás, lamentos como o teu vão continuar a ser lidos, de
tempos a tempos, continuando depois de alguma euforia efémera tudo na mesma,
ou seja, « tudo como dantes no quartel de Abrantes ».
O que parece é que ninguém me compreende quando eu me canso até à exaustão
de explicar, aqui e noutros lados, que temos que nos adaptar à realidade que
temos.
Os Poeciliídeos estão tão em baixo na pirâmide dos aquariófilos Portugueses,
que há de facto muitos que os possuem, mas poucos os que os levam a sério ou
que estão num nível mais elevado da especialização.
Meu caro amigo, tu ou quem nos esteja a ler, tem o dever de apresentar
ideias revolucionárias para resolver velhos problemas. Chega de chover no
molhado com as mesmas arcaicas pseudo-soluções. 
Já que eu sou de uma geração mais marcada pelo modelo tradicional e ninguém
supostamente quer ouvir as minhas tentativas de mudança, ao menos que te
oiçam a ti e aos da tua geração mas com novidades, de preferência.


Agora a sequência completa para quem quiser ler :

02-02-2010
É com muita tristeza que escrevo isto...

Muitos têm como opinião que o guppy é o peixe dos iniciantes...o peixe que
não necessita de cuidados especiais...o peixe que sobrevive a muitas
atrocidades que lhe são provacadas pelos aquários em que são depositados
(leia-se pelas pessoas que lá os colocam)...

Mas alguns ganham o gosto por este pequeno viviparo e não mais o querem
deixar...Pelas maravilhosas cores...Pela facilidade de reprodução...Pela
minima capacidade de os manter facilmente sem perdas monetárias
consideráveis...
E são estes por quem tenho mais respeito...Os que lhe dedicam todo o seu
tempo de aquariofilia...

Comecei nisto, nem há dois anos, e o guppy continua a ser o meu peixe de
eleição...bem diga-se de boa verdade que um bocadinho por culpa da moeda
única...talvez já tivesse exprimentado outros caminhos...talvez lá
ficasse...talvez regressasse a estes magníficos...mas para já estou aqui e
com vontade de continuar pelo gosto...

Um aquário com 40 cm para meia dúzia de guppys...estava lá em casa (casa
comprada, tinha ficado dos antigos donos, uma limpeza e tal...)...bem, a
primeira vez foi desastrosa...morreu tudo...afinal não era tudo assim tão
simples...
Da segunda vez...já com aperfeiçoamento de algumas técnicas a coisa foi
correndo bem...criação, criação, etc...Um aquário de 60cm de frente era no
mínimo necessário...e foi isso mesmo...

Já não cabem no aquário de 60 cm...umas trocas aqui, umas ofertas ali..mas
só por si este não me chega...

Para breve um de 1 Metro...Para quê? Guppys...Ainda há dias me
diziam...”Para que queres um aquário de um metro para guppys?”...caiu-me
tudo...han?
“Bem amigo, nenhum aquário é suficientemente grande para qualquer peixe que
lá possa querer colocar, a não ser talvez o oceanário e mesmo assim...”

Tudo isto é um pouco da minha pequena história dos passos de aquariofilia
que tive...tão pequenos mas tão compensadores...só ver aquelas cores...Mas
isto não passa apenas da Minha história..

Agora a hitória dos viviparos em Portugal!!!

A ADV já foi tentada por várias vezes ( e tão pouco tempo que eu tenho
disto, muito provavelmente não sei das outras)...

Revolta-me saber que a maoiria, se os acham assim tão simples de cuidar,
comece pelos guppys, e não queiram fazer nada por eles...
Estou há um ano para ter uma matriz...Bem que já a podia ter mandado vir,
talvez da Alemanha, Itália ou por aí fora mas os cobres não dão, por
enquanto, para isso...

Então espero este ano...para breve  vir a ter uma matriz que seja e cuidar
dela com o maior dos cuidados para que não a perca por nada...

E, em parte, responsabilizo por esta demora, cada um e todos nós por ainda
não termos avançado com uma coisa à séria...

Para uma avançada fase de organização...

Vejo tanta gente que quer entrar para a ADV e que depois nunca mais os
vejo...

Olho para o Historial de 3 ou 4 pessoas e orgulho-me pelo que fizeram ou têm
vontade de fazer..e nunca criticarei ninguém por desistir de tentar criar
uma ADV ou outro nome qualquer...

Deposi de alguns...E sei que esses estarão comigo...vou eu tentar... (pode
ser uma questão de nome, mais bonito ou mais feio)...Criar o quê? Uma ADV?
Que para mim não existe...

Nem de graça...Revolta-me ver associações que pagam cotas anuais para a
continuação da associação e todos se orgulham disso...

Vamos lá pessoal...
Vou tentar trabalhar para isso...
Vamos a postar mais aqui nesta àrea...Digam tudo o que acham...o que vos
venha à cabeça...porque todos pensamos...para andar com isto...

Quem está comigo???

Vou tentar enviar mensagem aos vários membros que encontar pelo forum para
lerem este tópico...quem puder que ajude...é um começo...temos todos de
trabalhar um pouco...que lá chegaremos...


09-02-2010
Meu prezado amigo,

Começo por alertar aqueles que, ao desdenharem do Guppy, sobretudo afirmando
alguma vez que um qualquer aquário era demasiado grande ( ou bom ) só para
esta espécie... têm muito que aprender.
Têm muito que aprender com a vida.
Têm muito que aprender sobre aquariofilia.
Têm muito que aprender sobre biologia.
Têm muito que aprender sobre ecologia.
E têm sobretudo muito que aprender sobre ética deste nosso passatempo.
Aprendizagens à parte, e solidariedade na revolta quanto baste, aqui vos
deixo simplesmente uma dica.
Porquê insistir no modelo tradicional de associação formal, se o mesmo está
desapropriado à realidade da nossa sociedade, particularmente em relação aos
aficionados pelo Guppy e pelos peixes que dão à luz ? ( leia-se vivíparos e
ovovivíparos ).
Existe uma organização internacional, a funcionar à mais de um ano ( e da
qual faço parte ), que não tem quotas, Estatutos, Regulamentos, Órgãos
Sociais... enfim tudo aquilo que a Lei manda e impõe que uma associação deva
ter.
Esta organização inclui desde pessoas comuns a cientistas de renome no
estudo das espécies-alvo, organizações ( Zoos, Aquários Públicos e
Universidades ) e particulares, congregando uma vontade comum... contribuir
para o resgate dos Goodeiídeos.
Se esta organização funciona tão bem, com pessoas de tantas nacionalidades e
tão diversas na sua formação, tendo começado de forma informal... porque
diabo não experimentamos algo idêntico a nível nacional ?
Porque não esquecem os cargos e essas particularidades todas e não tentam ?
Acham que é o formalismo e as quotas que são a solução ?
Pois eu digo em bom Português... « tirem o cavalinho da chuva ».
Quando os nossos peixes ou outros valores são de facto importantes, não é
necessário nada disso !
Os peixes que mantenho hoje em dia não se vendem em lojas ( infelizmente ).
Outros há por aí como eu, na partilha dos mesmos gostos e valores, que não é
por não estarmos agregados numa associação que não prestamos apoio mútuo,
que não trocamos peixes e arranjamos matrizes... que não temos os nossos
contactos internacionais quase diários ( abençoada Internet e bem aventurado
aquele que sabe algumas palavras de Inglês ).
Por isso, meus amiguinhos... deixemo-nos de complicações.
Querem mesmo pôr em prática o provérbio « a união faz a força » ?
Organizem-se !
Não têm Internet em casa ?
Já nem precisam de se encontrarem pessoalmente todos os meses ( como alguns
de nós fazemos ).
Querem falar uns com os outros ?
Usem o " Skipe " ou o " MSN "... troquem mensagens por aqui.
Troquem peixes, tenham paciência com os recém-chegados e as suas perguntas
imbecis já mil vezes respondidas.
Não desanimem com os " Xicos Espertos " que « quando abrem a boca ou entra
mosca ou sai asneira ». Sejam tolerantes e lutem por mais conhecimento, por
mais amizade... sem complicações !!!
O que não faltam para aí é colegas " silenciosos " e "na sombra do anonimato
" com óptimas matrizes raras para dar.
Não é com certeza no fórum que os encontram... é nas futuras actividades e
encontros entre todos que eles vão aparecendo paulatinamente.
Olhem que « quem vos avisa... vosso amigo é ».
Se precisarem de mais ajuda, podem escrever-me para
viviparos(at)viviparos.com, pois ( infelizmente ) é cada vez mais raro poder
vir a este notável fórum de gente simpática e alguns ( raros ) especialistas
a quem tiro daqui o meu chapéu.
Tenho dito.

10-02-2010
Cyprinodon compreendo o que dizes mas a realização de uma estrutura
organizada a nível nacional concerteza que iria ajudar bastante...

compreendes decerto que se não for assim mal sabes que existem pessoas com
matrizes...eu soube-o a partir deste forum...

nesse forum internacional seria deveras mais difícil encontrar pessoas a
viver "ao nosso lado"...acho que concordas...

penso que essa era uma das principais causas da organização...

acredito que não hajam só 3 ou 4 pessoas em portugal com matrizes e que
hajam muitas mais...mas para falar português, tal como tu, o egoísmo fala
mais alto...

entretanto acho que não li o nome do forum qeu dizes...eu cá não percebo
muito dessa lingua esquisita que é o inglês mas safo-me...gostava de ir lá
ler pelo menos (que ainda me safo =) )

um abraço e obrigado


14-02-2010
Olá fjcb ( desculpa continuar a tratar-te assim mas não assinas as tuas
mensagens ),

Como escrevo longos testamentos, acho que me tornei um pouco confuso.
Aquilo que chamas uma estrutura organizada já existiu para o Guppy.
Se estás a defender o modelo tradicional de associativismo na expressão "
estrutura organizada ", conta com várias barreiras a transpor.
Uma associação tem que cumprir certos requisitos legais, tanto ao nível da
sua formalização como em termos de funcionamento.
Até me convencerem do contrário, continuo a acreditar que não há
infelizmente " massa crítica " em Portugal para termos algo que ambiciono há
muitos anos... uma organização associativa dedicada aos vivíparos e
ovovivíparos ( ou até a uma espécies específica, como o Guppy para começar
).
Para além de tudo o resto, a própria dinamização dos aquariofilistas para
estas espécies carece desse incentivo.
Há óptimos exemplos neste país ao nível dos Killies, dos Ciclídeos e de
outros tipos de peixes.
Tenho notado, sobretudo, que a falta de uma tal organização se está a
reflectir na perda de qualidade dos apoios de que os novos aquariófilos
necessitam, pois o ovovíparo é renegado para os recém-chegados e desdenhado
pelos seniores ou pelos " grandes especialistas " que já ultrapassaram a
barreira do aquário comunitário de água doce.
Se por um lado manter Poecilídeos é sinónimo de principiante, novato ou
neófito... e muitas vezes é até visto como aquariofilia de segunda classe (
pois a aquariofilia a sério para « homens de barba rija » é a de água
salgada tropical ou a de outros tipos de peixes de água doce mais exigentes
na manutenção, mas sobretudo na reprodução ), por outro, a " fuga " de
grandes " peritos " para outras áreas e espécies, reflecte-se na grande
quantidade de asneiras que se lêem nas respostas dadas aos aflitos
recém-chegados, os quais abundam nas secções dedicadas aos ditos vivíparos
com as mesmas dúvidas repetidas, vezes sem conta, por não se darem ao
trabalho de fazerem uma pesquisa.
Resumindo e clarificando a minha ideia, pois já estava a divagar de novo...
o que é que pensas trazer de novo a este debate ?
Tens conhecimento do historial das várias tentativas falhadas de criação de
uma Associação de criadores a aficionados do Guppy ?
O que nos podes dizer sobre as causas dessas mais recentes ausências de
sucesso ?
O que é que se pode fazer para contrariar o que esteve ( está ) na origem da
falta de uma " estrutura organizada a nível nacional " ?
Já tens consciência do modelo a adoptar ?
Consegues reunir uma equipa de colegas empenhados nos teus ideais, mas
sobretudo com provas de trabalho dadas ? 
Da minha parte estou sempre aberto e receptivo a novas ideias e sobretudo a
colaborar numa " estrutura organizada a nível nacional ", porém tens que dar
um desconto a este meu cuidado e " rezinguice ", pois para além de uma
experiência de mais de 12 anos em órgãos sociais ( inclusivamente em
Direcções de outras Associações ) e dado o meu conhecimento do
associativismo nacional, com as suas características muito particulares, o
que tenho presenciado nomeadamente neste fórum... é muito boa vontade mas
muita ausência de maturidade e de conhecimento de causa.
Se ninguém aqui aparece para dar um valente abanão com uma coesa equipa de
gente decidida por trás, lamentos como o teu vão continuar a ser lidos, de
tempos a tempos, continuando depois de alguma euforia efémera tudo na mesma,
ou seja, « tudo como dantes no quartel de Abrantes ».
O que parece é que ninguém me compreende quando eu me canso até à exaustão
de explicar, aqui e noutros lados, que temos que nos adaptar à realidade que
temos.
Os Poeciliídeos estão tão em baixo na pirâmide dos aquariófilos Portugueses,
que há de facto muitos que os possuem, mas poucos os que os levam a sério ou
que estão num nível mais elevado da especialização.
Meu caro amigo, tu ou quem nos esteja a ler, tem o dever de apresentar
ideias revolucionárias para resolver velhos problemas. Chega de chover no
molhado com as mesmas arcaicas pseudo-soluções. 
Já que eu sou de uma geração mais marcada pelo modelo tradicional e ninguém
supostamente quer ouvir as minhas tentativas de mudança, ao menos que te
oiçam a ti e aos da tua geração mas com novidades, de preferência.





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