[viviparos_portugal] Re: Molly negra

Miguel Andrade Cyprinodon KXZH_esacsrqxnJr1vtggWZOhZQzOBhHsGJeFnQitM-9ayedQ1ViHNbs9mFoBgKedeJ2yTcc20E.yahoo.invalid
Terça-Feira, 22 de Janeiro de 2008 - 22:22:17 WET


Olá Miguel,

Finalmente um tópico !!!!
Acabaste por te antecipar à minha resposta.
Mesmo a variedade de dorsal " redonda " e pequena, não é de facto 100%
Poecilia sphenops.
Em 1984 iniciei uma experiência que durou até 1987.
Num lago exposto aos rigores do clima fui introduzindo no final da Primavera
espécies vendidas como peixes tropicais nas lojas, mas que tinham " fama "
de resistir ao frio.
O comércio da especialidade na província ( leia-se fora da área da " Grande
Lisboa " e do " Grande Porto " ) era ainda mais pobre do que é hoje e a
oferta era mesmo escassa.
Por essa razão, para além de não poder testar todos os " mitos urbanos ",
tive que começar com os peixes mais vulgares ( e baratos ).
Entre eles estava precisamente esta molinésia.
Os exemplares que se revelaram mais resistentes ao nosso Inverno foram os de
barbatana pequena ( curta e arredondada ), já bastante escassos na altura.
As variedades de cauda de lira e de dorsal mais alta e comprida não
toleravam bem mais do que vários dias abaixo dos 14ºC, mas as minhas
preferidas ( de dorsal pequena e arredondada ) resistiam bem mais de uma
semana a 10ºC durante o dia e 8ºC durante a noite.
Não apresentavam nunca os conhecidos sintomas da inadaptação às baixas
temperaturas, nem tão pouco morriam com os clássicos sinais dos peixes
tropicais sujeitos a um frio letal.
A morte era sempre causa directa de... Fungos !?!
Abaixo dos 12ºC os indivíduos mais fracos começavam a ser lentamente
atacados por fungos brancos e filamentosos ( Saprotegnia spp ), umas vezes
no corpo mas quase sempre nas barbatanas.
Nas variedades mais " sofisticadas " o primeiro sinal de alarme era quase
sempre o íctio ( Ichthyophthirius spp ), o qual aparecia mal os peixes
começassem a procurar o Sol nas horas mais quentes do dia e a desenvolverem
o tradicional movimento ondulante com as barbatanas fechadas ou, os mais
frequentes, os chamados tremores.
Calculo que em água salgada haveria uma forte probabilidade de escaparem
alguns indivíduos da tal forma mais resistente.
Como curiosidade fica o facto de os primeiros a morrerem serem as fêmeas
mais " velhas " e os últimos os jovens nascidos no início do Verão.
De qualquer maneira é bom não esquecer que há populações de P. sphenops
relativamente resistentes ao frio. É preciso termos a sorte de as
encontrarmos.

Um abraço

Miguel


-----Mensagem original-----
De: viviparos_portugal  yahoogroups.com
[mailto:viviparos_portugal  yahoogroups.com] Em nome de Miguel Figueiredo
Enviada: terça-feira, 22 de Janeiro de 2008 11:23
Para: viviparos_portugal  yahoogroups.com
Assunto: [viviparos_portugal] Re: Molly negra

Confirma-se - fiz mais umas pesquisas e, de facto, as Mollies Negras são
hibridos...

http://homepage.mac.com/nmonks/aquaria/brackfaqpages/Common_fish/(3g)mollies
(poec.html

Curiosamente, neste caso, além dos peixes serem 100% férteis, são também
altamente resistentes. Umas verdadeiras MULAS, mas ferteis.


Miguel


On 1/22/08, Miguel Figueiredo <fig.miguel  -msml6pFk991RM-BMBlfPS_iXEB5LCItmbitgVKJwwZ4yCM_N_CnepvBGvuESv2xKcxLWcoQmeBl7cjcFw.yahoo.invalid> wrote:
> Viva,
>
> Uma especie que me lembro de ver com frequencia no hobby,  há mais de 
> 30 anos atrás, eram as mollies negras.
>
> Primeiro eram simplesmente pretas, de barbatanas normais. Depois 
> começaram a aparecer com a cauda em lira.
>
> A cor negra é artificial, provavelmente selecionada a partir 
> exemplares muito melânicos, mas é certamente uma variedade que existe 
> há muito tempo.
>
> Estes peixes, principalmente os que não têm "mariquices" como caudas 
> em lira ou a barriga deformada em balão, são geralmente criados em 
> ambiente semi-natural e são rijos. Além disso, adaptam-se a um 
> conjunto de ambientes curiosos, incluindo a água salgada.
>
> Recentemente voltei a ver estes peixes no comercio e estive quase a 
> adquiri-los mas então fiquei com uma dúvida terrivel... lembrei-me de 
> ter lido não sei aonde que estas mollies eram hibridas. Acabei por não 
> os comprar.
>
> Hoje, fazendo uma pesquisa na net, aparecentemente, confirma-se:
> muitas das estirpes de mollies negras são hibridos entre Poecilia 
> sphenops, Poecilia latipinna e por vezes até velifera! Terá sido 
> assim, por exemplo, que surgiram as caudas de lira.
>
> A minha questão é... será que a "velhinha" molly negra, de barbatanas 
> pequenas, simples e sem mariquices, é uma verdadeira Poecilia 
> sphenops?
>
>
> Miguel
>


 
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