APV e futura associação de viviparos

Miguel Figueiredo fig.miguel 9EDKeFW-eTob0o5JO-cqWYEoQvCKVBTbntR4RGhhSaotoFzaPV662b6u8Vha3QV_ydezSYV0BVkBZwRfiw.yahoo.invalid
Quarta-Feira, 9 de Julho de 2008 - 11:57:51 WEST


Viva,

Participei na reunião virtual do grupo de aquariofilistas que pretente
lançar uma associação de viviparos, a APV.

Por uma ou outra conversa que eu mantive, creio que a maioria está
receptiva a ter um minimo de principios que impeçam a propagação de
peixes excessivamente selecionados, portanto, esta pode ser uma boa
iniciativa na divulgação dos viviparos em Portugal.

Do lado positivo, penso que os 4 ou 5 promotores da APV têm o tempo e
algum entusiasmo, poderão dar continuidade ao projecto, desde que
contem com apoio.

Do lado menos positivo, notei que os promotores têm interesse numa
associação mas que não sabem muito bem o que fazer com ela. Pareceu-me
existir enfase em aspectos colaterais, como contactos com lojas ou
mesmo a formalização da associação.

Notei muito pouco enfase nos peixes.... nas criações, na divulgação de
estirpes e de espécies, etc, etc.

Não sei se realmente será desta que será possivel constituir uma
organização de viviparos funcional mas penso que a iniciativa merece
apoio a ajuda de quem apreciar este tipo de peixes.

Entretanto tive também alguns contactos com um nucleo de uma outra
futura associação, a APA - Associação Portuguesa dos Anabantideos.

O pessoal da APA pareceu-me muitissimo consistente, realmente
interessado nas especies em questão e na divulgação de conhecimentos
sobre estirpes, técnicas de reprodução e de manutenção, etc.

Ao que parece, há quem mantenha e reproduza em portugal um numero
assinalável de especies de anabantideos, incluindo as menos comuns.
Estão a organizar uma exposição de espécies para Setembro e eu estou
muito curioso em ver essas especies.

Iniciativas como APV e a APA vêm realçar uma tendência crescente na
aquariofilia portuguesa: a aposta na biodiversidade como conceito de
manutenção, em vez de interminaveis variações artificais em torno de
uma só especie. Ou seja, uma APV em vez de uma associação de guppies,
uma APA em vez de uma associação de bettas.

Este é certamente o melhor caminho: dentro dos mesmos principios
gerais de manutenção e reprodução abre-se o caminho à diversidade e à
evolução no hobby.

Eu diria que o sucesso deste tipo de associações acaba por basear-se
apenas no seguinte: no empenho e dedicação do pequeno núcleo de
aficionados que realmente estão interessados nos peixes.


Miguel

           



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