Dúvida mais frequente

Miguel Andrade Cyprinodon r2qv0qriCBpxXqB5ywsldoMSyjKiDSxUGjr9Mp3w2Vh2Q5EzSo8UKNT0Rl9VSdmeuazy5ugCAdUbXO6N.yahoo.invalid
Quarta-Feira, 6 de Fevereiro de 2008 - 00:09:18 WET


Olá amigos,

Como estou a enviar este tópico pela primeira vez para a lista, peço aos
utentes da mesma que me desculpem pois não tiveram acesso à mensagem
original com as fotos que enviei, solicitando ajuda a alguns de vós.
Antes de mais quero fazer justiça às ofertas de colaboração dos que me
responderam e agradecer-vos pela vossa preciosa ajuda.
Refiro-me obviamente ao envio de peixes mortos para os fotografar com a
tecnologia que vos dei conhecimento na minha mensagem supra referida.
Já tenho os primeiros 3 exemplares para teste.
São machos de Gambusia spp ( presumivelmente holbrooki ) capturados há uns
dias atrás nos lagos do jardim situado à frente do Casino do Estoril.
Tenho estado a reparar que, nas situações limite de frio, os Poecilídeos
adultos e as crias morrem primeiro, sobrevivendo bastante melhor jovens
ainda imaturos ( mas já muito perto do estádio adulto ).
A população destes lagos reduz-se para cerca de 10% dos efectivos aí
encontrados no Verão ( ou até menos ). As águas estavam particularmente
transparentes e em muitos dos lagos não há plantas aquáticas, pelo que, se
estão vivas, as Gambúsias estão " enterradas no lodo ", pois não estão à
vista.
Foi difícil encontrar alguns exemplares vivos e particularmente machos ou
fêmeas adultas... praticamente não existem.
Daqui a poucos meses... aquilo estará de novo cheio de indivíduos de todas
as idades.
Isto faz-me lembrar não só a descrições do Bentes sobre a Heterandria
formosa em água fria este ano, como outras experiências anteriores com
exemplares das espécies tropicais que não conseguia capturar e ficavam no
lago sujeitos à morte provocada pelo frio no Inverno.
Alguém me pode confirmar se teve a mesma experiência ?
Mas na realidade estou-vos a escrever por outro assunto.
Há uma dúvida muito frequente manifestada por alguns de vós que aceitaram o
meu desafio de enviarem machos destas espécies mortos para as fotografias
micro.
Há várias formas de contornar essa dificuldade mas eu apenas optei pelas que
conheço.
Para obviar o problema da conservação dos cadáveres e a fixação dos corpos
em algo que me permitisse observá-los algum tempo após a sua morte, dei os
seguintes conselhos à Maria João, os quais passo a transcrever :
« Mesmo que [ os peixes ] tenham morrido de doença, não há problema, até se
aproveita para tentar ilustrar os efeitos ou apanhar em " flagrante delito "
os agentes patogénicos.
O importante é que não fiquem muito tempo na água após o óbito, pois à
temperatura a que temos a água, os processos de decomposição iniciam-se
muito rapidamente.
O sobreaquecimento é deveras dramático e deve ser evitado a todo o custo. O
ar, por sua vez, causa geralmente a rápida degradação, ( particularmente no
Verão ).
Há várias formas de resolvermos o problema da conservação.
(...)
A primeira é colocar os peixes mortos num vulgar saco de plástico no
congelador.
Esta forma tem a desvantagem de danificar o corpo devido aos processos de
congelação/descongelação.
A segunda é a fixação.
Uma das formas mais seguras mas menos aconselhável para nós, amadores, é o
formol a 5% ou 10%.
O mais seguro é com álcool a 70º ou, ainda melhor, a 96º.
Depois de um certo tempo no líquido fixador ( cerca de 8 dias ), os
organismos das colecções nos museus de história natural ou nas Faculdades,
são colocados num líquido conservador. Os peixes podem ser conservados em
isopropanol, o qual tem a vantagem de conservar a maleabilidade da " múmia
", mas neste caso o que nos interessa é apenas manter o cadáver útil para a
observação, pelo que nem vou abordar essa hipótese.
Em resumo, o álcool talvez seja o método mais adequado para este efeito,
bastando para isso encheres um frasco pequeno com 250 ml do etílico
sanitário a 96% e colocares simplesmente lá dentro os peixes mortos.
Quanto às comidas vivas, bastam-me apenas uns escassos exemplares de cada.
Não precisam de estar mortos e serão devolvidos após as fotos ».
Como todos nos encontramos, mais ou menos amiúde pelo menos todos os meses,
basta colocarem os vossos peixes mortos num pequeno recipiente com álcool
e... " voilá ".
Apesar dos " alvos " serem os Poecilídeos já referidos, não se esqueçam de
mim mesmo em relação às estirpes domésticas mais convencionais e aos
Goodeídeos.
Se fizerem o favor de tomarem nota da espécie/variedade ( e população no
caso dos " selvagens " )... um tanto melhor. 
Grato pela vossa atenção despeço-me desejando-vos a continuação e uma óptima
semana.

Um abraço

Miguel

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