ARLA/CLUSTER: Resposta da DECO à minha reclamação (por Luis Cupido, CT1DMK)
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Quarta-Feira, 19 de Outubro de 2011 - 10:29:31 WEST
Com muita franqueza e objectividade.
A maneira como está estruturado todo este problema tem uma falha fatal.
A interferência de um PLC é passivel de ser resolvida de acordo com a prática e com a lei. É possivel de forçar o uso de equipamento rádioelectricamente benigno e de ter tudo em conformidade e fazer desaparecer toda e qualquer reclamação. Assim a ANACOM relata correctamente o diminuir das queixas.
Um equipamento tem de estar abaixo de uma máscara espectral determinada, Salineto "UM" equipamento (qualquer que ele seja).
Mascara essa que garanta no limite a não interferência no serviços permentes.
No entanto a interferência é aditiva não coerente.
Quando num raio de 1Km do vosso QTH estiverem 1000 PLC's todos eles legais e cumpridores o ruído de fundo sobe 30dB relativamente ao ruído de fundo causado por um PLC sozinho.
Os 1000 PLC's no seu conjunto não cumprem os limites moralmente aceitáveis pois prejudicam claramente uma banda em causa mas cada PLC individualmente está legal.
Mais ainda a interferência deixou de ser notória e passou a ser ruído branco ou próximo disso, portanto a menos que se façam testes rádiometricos não podemos sequer falar de interferência, deixa de ser um facto para a maioria dos utentes e passa a ser uma sensação de que não há propagação o o ruido de fundo é um pouco alto ou que a banda tem muita estática etc.
As queixas diminuem/desaparecem porque não há um descontinuo antes/depois é tudo muito gradual, e não há um facto qualquer notório, objecto de uma queixa.
Os amadores novos, não têm a noção de como era antes.
E os antigos começam a dizer aquelas coisas a que os novos não ligam tal como "no meu tempo os X metros eram bem melhores..."(ver nota no final).
A mascara espectral coloca as radiações de um PLC no limiar da detectabilidade por um rádio-amador comum, assim sempre que se instale um PLC dos bons, e bem instalado pouco ou nada se sentirá. Portanto todos felizes, operadores ANACOM e amadores.
Uns anos mais tarde quando houver 1000 foram-se 30dB e quando houver 10000 numa cidade foram-se 40dB e as bandas ficaram muito comprometidas.
Nessa altura é tarde demais.
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A mascara espectral para um equipamento de consumo em larga escala passível de interferência rádioelectrica deveria de ser estabelecida de acordo com a distribuícão estatística cumulativa máxima do mesmo e NUNCA por critério de EMI individual. Da forma actual é uma morte anunciada, mas perfeitamente legal. A menos que os aspectos de negócio do PLC o tornem inviavel e este não prolifere a longo prazo. (quanto a mim o mais provavel).
Luis Cupido.
ct1dmk.
nota: em 1987-8, o meu sistema de 4 antenas em 144MHz quando apontado para sul-sudoeste via a cidade de Ilhavo e depois o oceano. Na altura (e tenho apontamentos disso) medi uma temperatura equivalente de rúido de cerca de 430K.
Hoje aqui no novo QTH, foi uma das coisas que medi na mesma direção e que apanha igualmente a cidade de Ilhavo e o oceano, supostamente agora em situaçào mais favorável já que estou uns 3 a 4Km mais distante e ainda por cima com arvores que atenuam algo medi algo como 1200K portanto a realidade de hoje é 3 a 4x pior. (são 5 a 6dB pior).
Quando eu disser "no meu tempo ouvia-se muito melhor em 144 do que se houve hoje" é um FACTO, não é uma rabujice.
E reparem no interessante da questão, eu não tenho nenhuma interferência de que me possa queixar, apenas o ruido de fundo, o vulgar sopro que se houve emm SSB está 5-6dB mais alto do que o que estava em 1987.
Claro que sei que o parque de computadores de uma cidade triplicou ou quadriplicou (ou mais) e isso explica o que se observa...
Fonte: ct-comunicacoes-e-tecnologias Em nome de Luis Cupido
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