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Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos Livebearer Cyprinodontiformes Espécies > Ficha da espécie > Xiphophorus variatus Species > Species profile > Xiphophorus variatus |
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Macho adulto : 39 a 56.4 mm Fêmea adulta : 59 a 71 mm
Raios da barbatana caudal : / 20 ( 22 ) Escamas na linha lateral : 25 ( 26 ) Relação cabeça / comprimento total ( macho ) : 0,19 Relação cabeça / comprimento total ( fêmea ) : 0,23
Devido à sua localização geográfica e orografia, a região em causa apresenta uma grande diversidade de tipologias de clima. Na área de distribuição geográfica desta espécie podemos encontrar, sobretudo no litoral, zonas quentes com características sub-húmidas e húmidas, mas nas regiões de maior altitude, o clima torna-se progressivamente temperado, variando de sub-húmido a seco. Nos contrafortes das montanhas estes peixes são menos abundantes não só devido às temperatura mais baixas mas também às características da corrente. A maior pluviosidade na região onde se situa a maior densidade da sua ocorrência tem lugar no Verão, acontecendo ocasionalmente a passagem de alguns furacões entre Junho e Outubro. O Xiphophorus variatus encontra-se sobretudo em rios, ribeiros e riachos. Apesar de preferir a superfície mais amena dos cursos de água, é possível encontrar muitas populações estabelecidas em lagos e outros ambientes lênticos. Em todos os biótopos de origem nota-se a preferência por zonas sempre muito bem providas de vegetação aquática, onde as margens servem de refúgio nomeadamente a muitos exemplares jovens ou crias. Os adultos frequentam com mais assiduidade ambientes com profundidades que no entanto não costumam ultrapassar os 50 centímetros. Noutros locais do mundo onde a espécie foi introduzida pelos seres humanos, encontram-se populações estabelecidas no mesmo tipo de ambiente ou próximo de zonas termais onde lhes é permitido enfrentar o frio rigoroso que de outra forma lhes seria fatal.
Limite de tolerância : 13ºC e 32ºC Limite de sobrevivência : 8ºC e 36ºC pH ideal : 7 – 8.3 dH ideal : 9º - 19º Salinidade máxima : 1,011 ( 15,4 ppm )
Pode eventualmente relacionar-se esta grande multiplicidade encontrada nos indivíduos capturados na natureza com mecanismos sociais e polimorfismo genético. Manifesta-se ainda nesta espécie um fenómeno segundo o qual, perante certas condições, o momento da sua maturidade é socialmente controlado, isto é, a presença de machos maduros de maiores dimensões no mesmo agregado pode desencadear um processo de inibição ou delonga no amadurecimento sexual entre os machos imaturos. Este tipo de inibição dilui-se ou diminui em populações numerosas, podendo nas grandes concentrações de peixes ter mesmo lugar uma sincronização da maturidade sexual nos machos. Foi também possível isolar nesta espécie um gene responsável pela idade a que os exemplares atingem o respectivo amadurecimento sexual, assim como as suas dimensões em que tem lugar essa fase crucial da sua biologia. À imagem de outros casos da mesma família, os machos cessam ou abrandam o crescimento significativamente após a maturidade, pelo que todos estes factos são fáceis de comprovar. Em vários estudos científicos ficou demonstrado que os indivíduos de maiores dimensões obtêm maior sucesso reprodutivo. Os machos menores observados na natureza apresentam uma tendência para surpreender as fêmeas em acasalamentos furtivos, enquanto os de maiores dimensões frequentemente se exibem em rituais característicos antes da cópula. Aparentemente, as fêmeas parecem dar maior importância e aceitarem melhor os parceiros mais corpulentos. Na natureza estes peixes alimentam-se de quase todos os organismos vivos de dimensões convenientes, nomeadamente zoobentos e zooplâncton, de matéria vegetal variada ( sobretudo detritos vegetais ), de algas e de insectos. A alimentação usual em cativeiro não apresenta problemas. Estes peixes toleram muito bem alimentos secos, frescos, congelados e vivos. Uma dieta adequada corresponde às dos outros ovovivíparos mais comuns, sem especiais cuidados a assinalar. Para além de alimentos liofilizados em flocos, recomenda-se vivamente artémia salina, larvas de mosquito, tubifex, dáfnias, todos estes vivos ou congelados. Como complemento aceitam bem a carne moída de moluscos ou da maior parte do peixe usado na alimentação humana, assim como a carne crua sem gordura e também moída de algumas partes de animais, ( vaca, porco, aves e coelho ). Na natureza, o Platy Papagaio na natureza vive em grupos compostos por animais de ambos os sexos e de diferentes idades, obedecendo no entanto a uma hierarquia estruturada. As fêmeas passam a maior parte do tempo a alimentar-se, enquanto os machos dedicam grande parte da sua actividade a exibirem-se, por vezes a lutarem entre si, mas sobretudo a tentarem acasalar. Em determinados locais os grupos podem assumir proporções consideráveis, embora habitualmente sejam compostos por cerca de 30 a 45 adultos ( 7 a 10 machos e 25 a 35 fêmeas ), e uma quantidade indefinida de indivíduos imaturos em diferentes fases se desenvolvimento, que se reúnem em determinados pontos onde tenham disponibilidade de alimento e melhor protecção contra a acção dos predadores. Em aquário este tipo de comportamento está completamente adulterado em função das disponibilidades do habitat criado artificialmente, da quantidade de indivíduos que formam o grupo, da ausência de predadores e das restantes espécies que convivem no mesmo local. Alguns animais criados em lagos de jardim regressam no entanto a uma forma de organização e comportamentos semelhantes aos descritos para os seus antepassados, nomeadamente se forem criadas algumas condições ambientais propícias. Em cativeiro, o canibalismo de recém nascidos é particularmente prática corrente segundo muitas descrições. Segundo outras nunca tem lugar. Naturalmente que em ambientes restritos como os aquários desprovidos de abrigos para as crias, mas especialmente onde existam adultos indevidamente alimentados. Esta é mais uma espécie prolífica. A fêmea Platy Papagaio apresenta um período de gestação entre 4 a 7 semanas, dependendo da temperatura e da alimentação. Um parto pode dar origem a 15 ou 20 crias nas fêmeas mais jovens até pouco mais de 50 nas plenamente desenvolvidas. A alimentação das crias segue os parâmetros habituais dos ovovivíparos da sub-família Poeciliinae.
Esta ocorrência é tão vulgar que não é de todo conveniente manter num mesmo aquário diferentes espécies deste género. O resultado dos cruzamentos obtidos na maior parte das vezes exibem características de ambas as espécies que lhes deram origem, resultando desse facto peixes de aparência intermédia. Assim se conseguem fixar determinadas características dominantes de uma, ou mesmo das duas espécies, num único híbrido na geração F1 e por aí adiante. Acontecem por vezes, em resultado destas experiências, híbridos que manifestam uma originalidade assentada em relação às espécies progenitoras. Determinadas características herdadas de apenas uma das espécies originais pode vir a manifestar-se com especial exuberância nesta descendência mista. Quer nos Estados Unidos, quer na Alemanha, os cientistas cedo repararam que alguns resultados de cruzamentos entre Xiphophorus, produziam uma especial incidência de melanoma, um dos mais mortíferos cancros da pele. Estes melanomas resultam de problemas ocorridos na formação das marcas melanísticas que ocorrem no pigmento de certos indivíduos, com especial incidência entre alguns híbridos. Como é evidente esta propensão veio trazer aos investigadores um óptimo campo de experiência na luta contra o cancro. Surgiram mesmo alguns modelos e sistemas com base nestas ocorrências, tornando-se instrumentos de imprescindível utilidade no estudo do progresso do melanoma. Curiosamente, as células pigmentadas que nestes peixes são atreitas ao desenvolvimento da doença são comparáveis às humanas em termos bioquímicos, morfológicos e fisiológicos. Os métodos utilizados nos Xiphophorus também incluem radiações que dão aos cientistas uma perspectiva sobre a incidência deste tipo de cancro, assim como a sua evolução. Através das gerações subsequentes de animais tratados em laboratório, os investigadores podem aperceber-se do progresso do melanoma através de um fenómeno denominado antecipação genética. Estes nossos conhecidos peixes de aquário, tornaram-se desta igualmente poderosos instrumentos no estudo da hereditariedade neste tipo de doença.
Esta espécie não se encontra ainda em situação preocupante nem faz parte do Livro Vermelho do I.U.C.N.
Para esclarecimento de dúvidas e mais informações consulte-se Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos no Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas da UICN.
http://dels.nas.edu/ilar_n/ilarjournal/42_4/xiphophorus.pdf Ronald B. Walter and Steven Kazianis ILAR Journal Volume 42, Number 4 2001 |
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