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Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos Livebearer Cyprinodontiformes Espécies > Ficha da espécie > Xenotoca eiseni Species > Species profile > Xenotoca eiseni |
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Macho adulto : 50.7 a 77.8 mm Fêmea adulta : 60.2 a 96.9 mm
Raios da barbatana caudal : / 18 ( 22 ) Escamas na linha lateral : 29 ( 33 ) Relação cabeça / comprimento total ( macho ) : 0,27 Relação cabeça / comprimento total ( fêmea ) : 0,26
O Rio Lerma nasce a 24 quilómetros da cidade de Toluca, na meseta central Mexicana. O seu curso de aproximadamente 560 quilómetros termina no Lago Chapala nos arredores da localidade de La Barca. Com uma superfície de 1.080 quilómetros quadrados é considerado o maior do México e 3º da América Latina, ( embora ocupe um honroso 68º lugar à escala mundial ). O seu comprimento máximo pode variar entre os 78 e os 82 quilómetros e a largura cerca de 19 quilómetros. O seu nível de água máximo pode chegar aos 8.125 milhões de m3, embora o nível médio ronde os 4.500 milhões de m3. Em 2002 o seu nível chegou a valores críticos na ordem de 1.120 milhões de m3. A profundidade máxima do lago é de 7 metros, rondando a profundidade média cerca de 4 metros e meio. O Lago Chapala situa-se a 1.524 metros de altitude e dele nasce, por exemplo, o Rio Grande de Santiago, nas proximidades de Ocotlán, pelo que é considerado apenas um prolongamento natural do Rio Lerma. Este rio atravessa os Estados de Jalisco e Nayarit, numa extensão de 443 quilómetros antes de desaguar no Oceano Pacífico a 16 quilómetros de San Blás. Os dois climas predominantes na região das bacias hidrográficas de distribuição desta espécie caracteriza-se por variar entre o seco temperado e o quente sub-húmido, existindo geralmente uma estação de chuvas entre os meses de Abril e Outubro com precipitações anuais entre sensivelmente 33,9 mm e quase 1.800 mm. As temperaturas médias anuais do ar nas regiões onde a Xenotoca eiseni existe naturalmente variam entre 16ºC e 24ºC. Usando como exemplo a região do Lago Chapala, embora não seja a mais representativa nem a localidade tipo, estamos na presença de uma região de clima semi-seco. A temperatura média anual é de 19.9ºC com Inverno e Primavera secos e temperados, sem uma estação invernal bem definida. As temperaturas máximas do ar rondam os 27ºC ou 30ºC, ocorrendo geralmente de Maio a Junho, e as mínimas entre os 9ºC e os 12ºC entre Dezembro e Fevereiro, quando se verificam cerca de 4,1 dias de geadas. A precipitação média ronda os 875.2 mm, sendo a ocorrência de chuvas mais concentrada nos meses de Junho, Julho e Agosto. As temperaturas registadas nas águas de origem da espécie variam geralmente entre os extremos compreendidos de 13ºC a 33ºC, ainda que em certa áreas os afloramentos termais de origem vulcânica possam proporcionar localmente o aparecimento de fontes de água quente que condicionam as temperaturas mínimas e fazem as máximas chegarem a valores muito superiores. O habitat preferido pela espécie é bastante variado podendo ser encontradas populações a viverem em rios, riachos, lagos, albufeiras de barragens e pântanos.
Limite de tolerância : 10ºC e 34ºC Limite de sobrevivência : 5ºC e 37ºC pH ideal : 6.3 – 8.4 dH ideal : 9º - 20º Salinidade máxima : 1,004 a 25ºC
Alguns criadores, de facto confirmam esses factos, contudo a maioria dos que têm a oportunidade de manter esta preciosidade nos seus aquários não corroboram da mesma opinião. Talvez a explicação para este facto seja o tipo de espécie que compartilha o mesmo espaço e a dieta específica que cada um fornece às respectivas Xenotocas-de-Cauda-Vermelha. Embora as opiniões se dividam, de toda a forma não é aconselhável juntar de início indivíduos desta espécie com outras muito menores e nomeadamente com peixes lentos com barbatanas muito desenvolvidas e comportamento sereno. Mais tarde, após nos apercebermos da índole dos indivíduos que mantemos a decisão de lhe juntarmos outras espécies já será tomada de forma consistente. Para além da discórdia sobre alguma tendência para morder barbatanas relatada por alguns criadores, todos estão de acordo com uma certa dose de canibalismo, embora muito pouco acentuado e sobretudo quase e apenas restrito às crias com poucas horas de vida. É possível que algumas populações produzam indivíduos mais agressivos ou com a controversa tendência de atacarem as barbatanas dos outros peixes e ouras não. Contudo, a forma mais indicada de conservar esta espécie é por precaução em grupos constituídos por uma maior quantidade de fêmeas do que de machos e, de preferencia, num aquário só para si com mais de 100 litros de capacidade. Ainda que no seu habitat natural os níveis de poluição em muitas localizações seja de facto elevado mas estes peixes continuem a sobreviver em águas contaminadas onde muitas outras espécies autócnes já desapareceram, convém em cativeiro manter uma certa atenção aos parâmetros de qualidade da água. Mudanças de água frequentes também se revelam benéficas, desde que o teor de coloro da água utilizada seja aceitável e que não hajam grandes diferenças térmicas. Na sua dieta não devem faltar ocasionalmente presas vivos e os de origem vegetal, podendo a mesma ser também constituída por alimentos artificiais. É de toda a conveniência que por essa razão, também com esta espécie não sejam esquecidos os suplementos alimentares como o espinafre e as ervilhas ( descascadas ) depois de ligeiramente cozidos ou uma das habituais alternativas como os alimentos industriais destinados às espécies vegetarianas. Nos exemplares nascidos em cativeiro não se nota qualquer relutância aos alimentos industrializado em flocos. Todas as propostas alimentares gerais feitas na secção de aquariofilia incluindo um variado menu onde para além das opções vegetais se inclua mesmo o peixe ( de mar ) ou moluscos crus e moídos. O número médio de crias por parto ronda entre as 10 e as 60, podendo ficar-se por apenas 4 ou 5 na primeira gestação. Os recém nascidos são enormes, podendo atingir logo à nascença 12 mm, pelo que não são difíceis de criar. A respectiva dieta pode ser em parte constituída por partículas dos alimentos fornecidos aos adultos, mas é imprescindível ministrar-lhes náuplios de artémia salina e zooplâncton de dimensões convenientes, para além de eventuais suplementos alimentares industriais próprios para crias. Se estiverem devidamente resguardadas de stress e em condições ideais, a gestação dura entre 6 a 8 semanas, dependendo muito da temperatura ( 22ºC a 24ºC ), de terem sido submetidas a um período de Inverno a pelo menos 17ºC, da qualidade da água, do alimento disponível e até de alguns estímulos menos estudados como a pressão atmosférica. Em condições desfavoráveis, os partos podem ser adiados por vários meses.
Se na natureza este comportamento é algo inato, ( pois percebe-se que dessa forma os machos maiores saem vencedores da competição pelas fêmeas maiores e mais fecundas ), em cativeiro é bom ter em atenção esta circunstância, pois pode-se levantar aqui o problema da consanguinidade em grupos menores, o que a acontecer resulta num grave problema de endogamia a curto prazo. Nos grupos restritos de indivíduos é bom ter em atenção que as jovens fêmeas são mais facilmente fecundadas pelos seus próprios irmãos do que pelos outros machos adultos, os quais estão ocupados em garantirem o seu sucesso reprodutivo junto de fêmeas maiores. Entre os machos maiores surge ainda um novo dilema, já que essas cobiçadas parceiras podem de facto ser também as suas irmãs ou as suas progenitoras. Ao contrário dos Poecilídeos, os machos desta espécie podem chegar a 85% ou mesmo 100% das dimensões das respectivas parceiras adultas, pelo que é pouco expectável que os mesmos procurem reproduzirem-se com as jovens ou que não tenham capacidade para afastar os machos menores de uma eventual concorrência. Outra situação curiosa é que aparentemente, apenas as fêmeas com células reprodutivas maduras se mostram disponíveis para acasalarem. Nem nós nem mesmo os machos desta espécie o sabemos distinguir, já que a corte é feita de forma indiferenciada a todas bastando para isso que a temperatura da água suba aos 20ºC ou 21ºC. A diferença surge quando as fêmeas receptivas permitem a finalização do ritual e a cópula, enquanto as que não estão prontas simplesmente se afastam. Uma palavra também sobre a manutenção em cativeiro de espécies do género Xenotoca no mesmo espaço. Ainda que as espécies Xenotoca eiseni e Xenotoca melanostoma partilhem na natureza pelo menos as águas de diversas localizações nas bacias hidrográficas do Rio Grande de Santiago e do Rio Tamazula, não se conhecem híbridos naturais entre elas. Em aquário já foram reportados por diversas vezes casos de cruzamentos com sucesso entre ambas as espécies. Segundo relatos fidedignos, basta que um indivíduo de uma delas não possua escolha e acasalará facilmente com parceiros do sexo oposto da outra. O mais grave é que a descendência híbrida é fértil. Já com a espécie Xenotoca variata, até agora não há relatos semelhantes, já que aparentemente se encontra geneticamente muito mais afastada, pelo que o perigo é consideravelmente menor. A finalizar uma referência ao comportamento invulgar da Xenotoca-de-Cauda-Vermelha perante a ameaça de captura. Têm-se apurado em cativeiro que a elevada curiosidade destes peixes os torna muito fáceis de apanhar nas primeiras vezes pois, porventura mais impelidos pelo interesse do que pelo medo do desconhecido, não se assustam com facilidade e não fogem da rede. Por outro lado, indivíduos já habituados ao manuseamento tornam-se extremamente hábeis a enfrentarem as nossas tentativas de captura e a aprendem como se evadirem pelos espaços mais imprevistos. A partir daí, deixam igualmente de fugir, enfrentado o desafio de frente ao invés de se tentarem escapar de uma forma descontrolada pelo aquário.
Em muitos países assiste-se actualmente a uma agravamento da situação em que se encontram os respectivos recursos devido a uma anterior falta de consciência sobre este problema. Com o aumento da procura pelo consumo doméstico, industrial e agrícola, onde não existe uma boa administração já se estão a sentir os dramas da pressão causada pelo aumento populacional. Uma parte considerável do habitat da Xenotoca eiseni, apresenta um elevado grau de sobre exploração dos recursos hídricos assim como a sua deterioração ou contaminação. As águas residuais, e industriais, a desflorestação, as extracções ilegais e a seca são factores que colocam em perigo a vida aí existente no meio aquático. Alguns destes ambientes foram no passado oligotróficos, apresentando mesmo altos níveis de oxigénio dissolvido na água. Porém, nos últimos anos, registam-se num número cada vez maior de ambientes lacustres, sintomas de eutrofia. O aumento da contaminação da água com químicos agrícolas e industriais, assim como de nutrientes provenientes da matéria orgânica e dos fertilizantes químicos usados na agricultura, provocam um aumento considerável da biomassa e da turbidez da água. Paralelamente, assistiu-se à introdução de espécies provenientes até de outros continentes nesses ecossistemas, o que originou competição e predação muitas vezes a níveis para os quais os peixes originais não estavam preparados para enfrentar. Curiosamente encontram-se hoje populações da Xenotoca-de-Cauda-Vermelha a subsistirem em águas bastante poluídas, o que nos leva a acreditar na resistências e capacidade de adaptação desta espécie. Ainda assim não há de momento notícias preocupantes sobre a subsistência desta espécie na natureza, nem a mesma está classificada no Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas. Para esclarecimento de dúvidas e mais informações consulte-se Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos no Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas da UICN.
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