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Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos Livebearer Cyprinodontiformes Biologia > Reprodução ( estratégias de reprodução bisexuada ) Biology > Reproduction ( heterosexualy reproductive strategies ) |
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Reprodução ( estratégias de reprodução bisexuada ) |
Na reprodução sexual e em relação aos peixes em particular, podemos descriminar basicamente quatro estratégias de reprodução bisexuada ou gonocorística :
2) oviparidade 3) ovoviviparidade 4) viviparidade
A maior parte dos Cyprinodontiformes usa esta forma de reprodução. Nos peixes ovíparos há uma variação neste processo pois a fecundação é interna, ou seja, os espermatozóides são introduzidos no corpo da fêmea, onde irão entrar em contacto com os óvulos. Após a fecundação os zigotos ( ovos ) são expelidos para o meio externo ( a água), a fim de prosseguirem o seu desenvolvimento entregues à sua sorte. Este processo é semelhante ao das aves mas ocorre num número muito restrito em raras espécies de peixes. Uma delas é um pequeno Poecilídeo denominado Tomeurus gracilis. Em ambos os casos anteriores ( ovuliparidade e oviparidade ), as estratégias para a sobrevivência dos zigotos e dos embriões que deles resultam incluem a produção em grande número, ( sobretudo quando são simplesmente abandonados no meio aquático ), ou uma grande diversidade de cuidados parentais, ( quando um ou ambos os progenitores cuidam dos ovos até estes eclodirem ou mesmo até as crias atingirem um tamanho que lhes permita sobreviver por si próprias ). O que é comum a esta estratégia é o facto do embrião se desenvolver dentro de um ovo sem ligação à respectiva mãe. Uma outra forma de proteger os zigotos diametralmente oposta é deixá-los desenvolverem-se dentro do corpo da progenitora. Calcula-se que evolutivamente esta estratégia foi desenvolvida em duas fases. Numa primeira fase, deve ter surgido a ovoviviparidade. Após um processo de fertilização interno, o ovo não é imediatamente libertado mas recebe a protecção física da mãe em relação ao meio ambiente durante o seu processo de desenvolvimento até à eclosão. Tal como os zigotos dos ovulíparos e dos ovíparos, o ovo dos ovovivíparos tem as suas próprias reservas nutritivas e o embrião desenvolve-se independentemente do metabolismo materno, o qual apenas lhe confere protecção. Pensa-se que numa segunda fase, alguns animais evoluíram para a viviparidade. O corpo materno deixa então de servir apenas como protecção, sendo a relação com os embriões gerada no próprio metabolismo da mãe. Através desta estratégia, o contacto entre a progenitora e os embriões engloba a troca de metabólicos, incluindo a nutrição do embrião, ( e abrangendo a passagem de anticorpos contra eventuais doenças), o fornecimento de oxigénio, etc. Uma consequência destas últimas duas estratégias é que o número de zigotos não pode ser muito elevado e a fêmea não pode repetir o processo de gestação com tanta frequência. Em contrapartida, os embriões têm maior probabilidade de sobreviverem, enquanto estão sob protecção da mãe, nascendo igualmente já suficientemente independentes para subsistirem por si próprios. Entenda-se aqui o termo gestação como o intervalo compreendido entre a fecundação do óvulo e a expulsão ou libertação das crias ( fetos plenamente desenvolvidos ). Este período é ainda marcado por adaptações progressivas do organismo materno, nomeadamente caracterizado por um aumento de volume do útero, por alterações circulatórias, endócrinas e do trato gastro-intestinal, entre outras. Todos os Cyprinodontiformes que dão à luz crias e que não efectuam posturas são ovovivíparos ou vivíparos mais ou menos verdadeiros. Alguns Poecilídeos apresentam no entanto uma peculiaridade denominada superfetação, a qual se resume a uma geração simultânea de embriões em estágios diferentes. As fêmeas destas espécies, possuem ainda a capacidade de manter um suprimento de espermatozóides viáveis na parede dos seus ovários, por períodos que podem alcançar até 10 meses. Na ausência de machos, isto permite-lhes fecundações que podem estar na origem de até 8 ou 9 partos consecutivos.
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