Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos

Livebearer Cyprinodontiformes

Biologia > Reprodução ( conceitos básicos )

Biology > Reproduction ( basic concepts )

Aquariofilia

Artigos

Biologia

Espécies

Galeria

Ligações

PGA

Índice

Aquaristics

Articles

Biology

Species

Gallery

Links

PGA

Index


 Reprodução ( conceitos básicos )


Sob o ponto de vista científico, a reprodução consiste na funcionalidade que permite aos seres vivos darem origem a outros iguais ou idênticos a si ( descendência ).

A reprodução é fundamental para a vida, pois todos os organismos vivos são o resultado dela e devem a ela devem sua própria existência.

Quanto à forma dos indivíduos se organizarem para procriarem, conhecem-se basicamente duas configurações distintas, ou sejam, a hermafrodita e a hetrosexual.

Considera-se hermafrodita ou monóica, quando uma espécie opta pela configuração reprodutiva segundo a qual, cada indivíduo possui em simultâneo no seu organismo os órgãos sexuais masculino e feminino.

A maioria dos peixes são no entanto heterosexuais ou dióticos, isto é, normalmente o sexo masculino e o feminino encontram-se em indivíduos diferentes e unisexuais ( aqueles que possuem apenas um dos sexos ).

Podem contudo nestas espécies aparecer por vezes indivíduos hermafroditas, mas geralmente essa eventualidade é rara e resulta de um processo teratológico, isto é, trata-se da consequência de uma malformação congénita embrionária ou de anomalias de desenvolvimento que provocam alterações morfológicas.

No primeiro dos casos referidos anteriormente, ( o modo hermafrodita ), tem lugar uma forma de reprodução assexuada, também conhecida como reprodução assexual.

Trata-se de um procedimento biológico em que um organismo vivo é capaz de gerar “ cópias “ geneticamente iguais a si próprio, isto é, reproduz-se sozinho sem recorrer à cooperação com outros elementos da sua espécie.

Conclui-se facilmente que desta conduta nunca poderia resultar uma recombinação de material genético, pelo que muitas espécies evoluíram de forma a poderem obter uma maior variedade genética em cada nova geração, recorrendo à reprodução sexual ou “ sexuada “.

Na reprodução sexual acontece precisamente o contrário do que no modo hermafrodita, já que envolve a combinação de material genético ( normalmente o ADN ) de dois seres independentes, através da união de duas células ( gâmetas ), uma de cada indivíduo.

Gâmeta é o nome genérico dado às células sexuais, as quais são originalmente produzidos em órgãos sexuais chamados gónadas.

A célula do macho chama-se espermatozóide e a da fêmea óvulo.

A fecundação acontece quando pelo menos um dos espermatozóides consegue vencer as barreiras do óvulo penetrando nele. Dá-se imediatamente uma alteração na película exterior do óvulo após a fecundação para impedir a entrada de outros espermatozóides.

Decorrente da penetração do espermatozóide no óvulo inicia-se uma união entre ambos, a qual dá origem à fusão entre as respectivas membranas.

Os cromossomas de cada gâmeta unem-se, formando o zigoto, o qual possui o dobro dos cromossomas individuais, ( tanto do espermatozóide como do óvulo ).

Em virtude do anteriormente exposto, passaremos daqui em diante a considerar o zigoto como a célula resultante da união das duas gâmetas ( óvulo fecundado ).

É através da fecundação que o óvulo se transforma num ovo, isto é, numa célula em mutação, a qual já contém a herança genética dos dois seres vivos que intervieram no processo.

Da respectiva divisão celular do óvulo é que se desenvolverá um embrião através da meiose.

Designa-se por meiose o processo de divisão celular e recombinação genética. Em resultado disso a descendência produzida por este meio possui uma muito ligeira diferença nos seus genes, os quais contêm o ADN, a fonte de informação para o funcionamento do organismo.

No seguimento deste raciocínio pode surgir a dúvida sobre se é ou não possível a união de gâmetas de duas espécies diferentes.

Em termos gerais, a fecundação é intra-específica, ou seja, processa-se apenas entre indivíduos da mesma espécie.

A independência reprodutiva é mesmo tida em consideração para a classificação das espécies.

Há contudo alguns casos raros de fecundação entre indivíduos de duas espécies diferentes mas evolucionariamente próximas.

Os indivíduos que nascem destas fecundações inter-específicas designam-se por híbridos.

Estas situações não são muito vulgares porque, como se viu anteriormente, o óvulo possui barreiras contra a penetração dos espermatozóides.

Ao entrar em contacto com tais barreiras, os espermatozóides começam a libertar umas enzimas denominadas hidrolíticas, pelo que tem que haver compatibilidade suficiente entre gâmetas.

As hidrolíticas, entre outros processos, funcionam como uma espécies de chave, ou “ palavra passe “ ( senha de acesso ), para o espermatozóide poder conseguir acesso ao interior do óvulo.

Há pelo menos uma excepção em que a reprodução só acontece de forma inter-específica.

Algumas espécies que adoptaram pela reprodução sexual também demonstram ter capacidades para se reproduzirem assexuadamente através do método conhecido por  partenogénese.

O termo partenogénese deriva do grego clássico, sendo παρθενος “ virgem “ + γενεσις “ nascimento “. Daqui se pode compreender que estamos a falar da possibilidade de concepção e desenvolvimento de embriões sem fertilização, isto é, sem a união entre gâmetas parentais de sexo diferente para a geração de novos indivíduos.

Uma forma especial de partenogénese é a ginogénese.

Espécies como a Poecilia formosa, que se reproduzem por este método, são compostas apenas e exclusivamente por fêmeas.

Para gerarem descendência necessitam todavia de um obrigatório contacto sexual com machos de espécies muito aparentadas a fim de receberem os seus espermatozóides.

Ao contrário da maioria dos processos reprodutivos, os gâmetas desses machos não fertilizam verdadeiramente o óvulo; apenas estimulam o desenvolvimento do ovo e a divisão celular, ( isto aparentemente sem troca de material genético ).

Acredita-se no entanto que, embora muito raramente, aconteça uma fertilização verdadeira introduzindo dessa forma novo material ao fundo genético da espécie.



Agradece-se profundamente aos nossos leitores que possuam dados e informações complementares ou que encontrem neste documento eventuais correcções, o favor de nos contactarem nesse sentido.



Formato optimizado para a resolução 1024 x 768

© 2006 - 2011 Todos os Direitos Reservados

e-mail : viviparos.com


Direitos de autor - Os dados e informações produzidos e apresentados neste sítio são do domínio público. 

Enquanto os conteúdos são assim considerados, algumas páginas contêm imagens e material sujeitos a direitos de autor e usados apenas sob permissão.

Tal informação está apenas disponível para uso privado, ensino ou investigação. Devem ser obtidas permissões dos detentores dos direitos de autor para outros usos. Por favor examine bem caso por caso e assegure-se das respectivas autorizações sempre que necessário.


Exactidão de conteúdos e uso de dados ou informação - Foi feito um esforço para que os conteúdos destas páginas possam estar actualizados, completos, exactos e precisos. Contudo, alguma da informação e dados contidos neste sítio devem ser sempre revistos e devidamente confirmados.

A comunicação e conteúdos são transmitidos no pressuposto de que não há garantias absolutas da sua exactidão e incontestável perfeição. Os visitantes e utilizadores deste sítio são convidados a ponderarem sobre o carácter provisório de alguns dados antes de os utilizarem, pelo que se assume da responsabilidade desses utentes o tipo de uso que lhes é dado.