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Biologia > O Livro Vermelho de Animais Ameaçados da UICN

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O Livro Vermelho de Animais Ameaçados da UICN


Prefácio da edição 2004 do Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN


O Mundo enfrenta uma crise global de extinções.

Talvez a expressão mais eloquente sobre esta situação que eu alguma vez tenha escutado foi um comentário do então Primeiro Ministro da Noruega, Gro Harlem Brundtland, na abertura da sessão de uma das conferências sobre biodiversidade em Trondheim, em que exclamou « A biblioteca da vida está a arder e ainda nem conhecemos os títulos de todos esses livros ». Esta poderosa imagem fez-me imediatamente relacioná-la com os estragos que estamos a provocar no planeta e as consequências disso para o nosso futuro como humanidade.

As nossas vidas estão intrincadamente ligadas com essa livraria da vida – ou biodiversidade – sendo em última instância a sua devida protecção essencial para a nossa própria sobrevivência. É no complexo de interacções entre as formas de vida que reside a geração de domínios essenciais para a existência humana como o ar que respiramos ou o alimento. Passamos pela convivência com a biodiversidade no nosso quotidiano, desde o seu papel na decomposição do lixo, na polinização das nossas culturas, na filtragem da água que bebemos, reduzindo ou eliminando as consequências das inundações e da erosão, só para mencionar alguns escassos aspectos.

Ainda assim continuamos impávidos a assistir ao incêndio que está a consumir aquilo que ainda nem sequer compreendemos bem o que estamos a perder, nem a rapidez com que a livraria da vida está a ser consumida e qual o impacto que esta perda definitiva terá nas nossas vidas, para as gerações vindouras ou para o nosso planeta.

O Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN ( “IUCN Red List of Threatened Species™ “ ) é uma tentativa de contribuir para melhorar o nosso conhecimento comum sobre os recursos biológicos antes que os mesmo se percam.

A informação sobre a situação actual da biodiversidade é um primeiro passo decisivo tanto para divulgar a severidade do problema como para encorajar as sociedades a assumirem os seus actos, de forma a que se possam vir a manter pelo menos os actuais níveis diversidade da vida.

A nível global, os Governantes deram os primeiros passos ao reconhecerem a existência da crise. Na Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável foi adoptado um objectivo para «... reduzir significativamente a perda de biodiversidade até 2010... ». Os países estão já a ponderar sobre as medidas a adoptar para alcançarem esse objectivo.

A comunidade dedicada à conservação das formas de vida, por seu turno, está igualmente a trabalhar nesse sentido. Uma dos maiores desafios actualmente é no método de monitorizar os progressos da situação, se o que está a ser feito da forma como está a ter lugar está de facto a resultar em impactos negativos ou positivos em relação ao objectivo proposto.

Embora as anteriores edições do Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN tenham sido tido lugar com regularidade, A Avaliação Global das Espécies 2004 (  2004 Global Species Assessment  “ ) foi a primeira a ser conduzida pelo Consorcio do Livro Vermelho – a Comissão para a Sobrevivência das Espécies ( “ IUCN Species Survival Commission “ ), a organização BirdLife International, o Centro Internacional de Ciência Aplicada para a Biodiversidade e Conservação e a organização NatureServe – tendo como resultado uma maior abrangência e maior profundidade nas análises. Foi pela primeira vez publicado uma lista no Livro Vermelho que considera as tendências do risco de extinção de todas as espécies de aves e anfíbios. Também inédita foi a inclusão nos relatórios de Cicadales e Coníferas, assim como é a primeira edição a incluir mapas de distribuição para todos os mamíferos e anfíbios. Estes novos dados examinam de forma mais profunda os resultados globais obtidos, tornando este documento num dos mais profundos relatos do estatuto de conservação das espécies englobadas.

Neste documento a biodiversidade é evocada ao nível da espécie. As espécies são a fonte de variedade genética do ecossistema. Elas estão devidamente reconhecidas e oferecem uma oportunidade para se ajuizar e reconhecer as alterações a outros níveis de complexidade.

Enquanto que o conservacionismo baseado em espécies não pode nem deveria substituir a acção pela diversidade ou pela manutenção das relações ecológicas é com frequência substituto da conservação da diversidade biológica.

Os dados disponíveis no Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN são com assiduidade usados na escolha da primazia das medidas de conservação, contudo não é correcto que seja apenas tido como o suficiente. O estabelecimento de prioridades para a conservação é um exercício político melindroso, o qual normalmente não deixa de incluir a apreciação do estado de conservação de uma espécie, abordando ainda outros factores sejam os ecológicos, os filogenéticos, as anteposições históricas para determinado taxa sobre outros, assim como as probabilidades de sucesso das acções de conservação, a disponibilidade de fundos ou de meios humanos e harmonia legal relativa às medidas a aplicar a uma espécie ameaçada.

O Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN pretende ser politicamente relevante mas nunca politicamente determinante. Procura-se transmitir a melhor informação sobre o estatuto de conservação das espécies listadas, o seu relativo risco de extinção e vulgarmente também os factores atribuíveis ao respectivo estatuto, mas nunca deve ser interpretado como fonte de recomendações das opções políticas mais adequadas de resposta ao conhecimento divulgado.

A sua existência juntamente com a Avaliação Global das Espécies ( GAS – “ Global Species Assessment  “ ) dependem grandemente das contribuições individuais de uma extraordinária rede de especialistas reunidos pela Comissão para a Sobrevivência de Espécies da UICN e de outros parceiros integrados no consórcio do Livro Vermelho. Estamos perante uma consequência da devastação que a humanidade está a causar à biodiversidade do planeta mas ao mesmo tempo está-nos a divulgar um conhecimento privilegiado para nos orientar numa direcção mais sustentável. Eu recomendo-o para a vossa melhor atenção.


David Brackett

Presidente da Comissão para a Sobrevivência de Espécies da UICN



Quer saber mais ? ( documento PDF, de momento apenas disponível na versão em Inglês )



Citação - Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas da UICN 2004

www.iucnredlist.org ( carregado a 23 de Dezembro de 2005 )



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